segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Draxletter | IRS, Estoril revisited e a fátua de Bruno de Carvalho


No FC Porto, temos uma óptima relação com os impostos. De todas as maroscas a que Pinto da Costa foi associado, fuga ao fisco não consta, até porque se levamos cinco, declaramos cinco. Somos de boas contas. O mais importante está feito. Fomos práticos a aplicar um penso sobre um dos momentos mais dolorosos da história recente do clube. Fomos rápidos a passar uma demão sobre o chavascal em que ficou o Dragão na noite de quarta-feira. Exercemos o nosso direito de resposta com convicção e demos sinais de que é mais provável trazer a liderança mais reforçada na quarta-feira do que deixar tudo como está. Bonito e promissor.

Quando comecei a ver o jogo, já o jogo estava resolvido (daí não haver Trivelas & Roscas). Tanto que me deu para pensar logo na bola extra de quarta-feira e na melhor forma de a capitalizar. De um modo geral, ditam as regras que não se podem usar reforços inscritos depois do jogo, jogadores castigados na altura do jogo e, naturalmente, todos os que estão actualmente lesionados. A isto se junta uma espécie de injunção que evita substituições fantasma e impede qualquer titular do jogo de janeiro de ser suplente. Ora, tudo somado, dá 16 gajos disponíveis para quarta-feira. Em suma, não jogam Paciência, Waris, Paulinho e Osorio, Ricardo Pereira, Danilo, Aboubakar.


O que significa que o nosso XI não deve andar muito longe do que despachou o Rio Ave. A entrada de Iker atira Sá para a bancada, devido ao regulamento. A entrada de Marcano no onze faz o mesmo a Reyes (que foi titular a 15 de janeiro), o que deixaria Conceição sem nenhum central no banco. Em teoria, manter a titularidade de Reyes para poder contar com Marcano de prevenção será a opção mais viável. Resumindo e baralhando: Iker, Maxi, Reyes, Felipe, Telles, Sérgio, Hector, Brahimi, Corona, Marega e Soares.

Até um relógio parado está certo duas vezes por dia. A fátua de Bruno de Carvalho contra a imprensa nacional é desconcertante no estilo, mas compreensível no conteúdo. Não podemos ser anarquistas à segunda e progressistas à terça. Pior do que a falta de pluralismo dos órgãos de comunicação social é a presença de agentes infecciosos para a opinião pública que se propagam debaixo do manto da imparcialidade. Pior do que um canal de TV ou um jornal ser responsável por um Pedro Guerra, que faz militância doentia, mas fá-la a descoberto, é serem responsáveis por um Rui Pedro Braz, que destila a mesma doença na sombra da isenção. Pior do que jornalistas que não veem são os que não querem ver. Para esses, bardamerda.


Sem comentários :

Enviar um comentário

Comenta com respeito e juízo. Como se estivesses a falar com a tua avó na véspera de Natal.